Promotora participa de audiência pública que discute políticas públicas para a população LGBT

Representantes de diversos segmentos da sociedade participaram, nesta terça-feira (03/12), de uma audiência pública com o tema Políticas Públicas LGBT em Campo Grande. A discussão foi convocada pela Comissão Permanente de Educação da Câmara Municipal de Campo Grande e lotou o plenário Edroim Reverdito, na sede da Casa de Leis.

A audiência reuniu representantes de diversas entidades que defendem a diversidade sexual. O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul foi representado pela Promotora de Justiça Jaceguara Dantas da Silva Passos. Estiveram presentes também representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Seccional Mato Grosso do Sul e Prefeitura Municipal. Durante os debates, pessoas que convivem com a discriminação sexual também deram seus depoimentos.

Segundo o vereador Eduardo Romero o objetivo da audiência pública é aproximar a população da Câmara, abrir as portas para ouvir suas necessidades. São situações que vão induzir na rediscussão de políticas públicas. Quando falamos em políticas para a população LGBT, falamos de condições de vida, preconceito e esperança de ter um projeto de vida onde o grande obstáculo não seja sua opção sexual. Falamos de políticas públicas para toda a sociedade, afirmou.

Para a Subsecretaria da Mulher e da Promoção da Cidadania do Governo do Estado, Tai Loschi, é necessário fortalecer as políticas para minorias. Levamos a tona o real significado desta audiência no sentido de, a partir do debate e da construção conjunta de ideias, fortalecermos as políticas públicas para a população LGBT, afirmou.

Crys Stefanny, presidente da Antra (Associação Nacional das Travestis e Transexuais de Mato Grosso do Sul), lembrou que, a cada 26 horas, um homossexual é assassinado no Brasil, mas fez ressalvas. São apenas matérias jornalísticas, e esse número pode ser muito maior, com requintes de crueldade. Nesse exato momento, um travesti ou uma lésbica pode estar sendo assassinado, lamentou.

A coordenadora de políticas públicas da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), Fernanda Teixeira, garantiu que os programas da Prefeitura que visam o enfrentamento ao preconceito serão discutidos com as entidades. Vamos apresentar para as entidades os programas que constituirmos. Em janeiro vamos discutir, efetivamente e com o orçamento. Acho que um grupo de trabalho poderia já começar discutir isso. Eu compartilho muito dessas lutas, que são nossas, afirmou.

Fonte: com informações da Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal